domingo, 4 de julho de 2010

Você sabe como aprende?

" Hoje é fato que as pessoas aprendem de maneira diferente e não aprendem somente na escola"

Já me fiz várias vezes essa pergunta como pode o professor dar conta da aprendizagem do seu aluno, se ele (a) próprio(a) não sabe como aprende?
Todos nós temos um estilo próprio e pessoal de aprender, como não há uma única maneira de aprender também não há uma única maneira de ensinar, como pessoas que ensinam os professores deveriam fazer essa pergunta constantemente ¨Como gostaria de aprender isso?"
Somos diferentes como pessoas que pensam, sentem, agem, interagem. E por sermos diferentes vivemos desafios e imprevistos que o mundo contemporâneo nos coloca a cada dia, com isso a aprendizagem ocorre em todos os lugares em diferentes circunstâncias somos obrigados a transformar um conhecimento em um novo saber. E como se faz isso ? De inúmeras maneiras.
Tem pessoas que aprendem com o novo gosta sempre de ter novas experiências e oportunidades gosta de competir em equipe viver situações conflitantes, representar papéis, dirigir reuniões e debates.
Outras preferem aprender observando, refletir sobre as atividades antes de agir , trocar opiniões, revisar o fato, pesquisar detalhadamente esgotar as possibilidades para a solução.
Mas existem aquelas que existem pessoas que aprendem quando são estimuladas ao questionamento, a por em prova métodos ou teorias , ter que estruturar modelos e conceito em teorias, é o aprender mais pela investigação.
Assim também tem pessoas que aprendem com técnicas que são demonstradas ou testadas em vídeos e torna aquilo a sua vida ,mais prática algo que não se pensa muito mas se faz e transforma.
Quando o professor colocar o aprendente no centro do ensino, considerando as suas iniciativas, conhecimento, habilidades,estratégias e estilos de aprendizagem, poderemos nos dar conta que a hora é de repensar no seu estilo de ensinar, para que todos tenham oportunidade de usar o seu estilo preferido de aprender.
PARA REFLEXÃO - Professor - Qual a Diferença que você faz no desenvolvimento do potencial de aprendizagem do seu aluno?????
Autor pesquisado - Evelise Portilho
Aluno não gosta de estudar

Embora não fosse uma grande novidade, causou-me preocupação o resultado de uma pesquisa realizada recentemente com estudantes universitários. Ao serem interrogados sobre suas preferências no período de estudos, a grande maioria respondeu que prefere as baladas e as festinhas universitárias. Apenas 16% dos alunos disseram que gostam de estudar.

Dirá o leitor: “O resultado da pesquisa é normal. É lógico que os jovens prefiram as baladas e as festinhas às aulas. Qualquer um responderia dessa forma. Seria mentiroso se não fosse assim.”

Como eu sei que a observação do leitor será essa, fico, ainda, mais preocupado. É que tenho a convicção de que não deveria ser assim. Estou certo de que isso ocorre, porque os estudantes não têm plena certeza de seus reais objetivos. Quando se tem um objetivo em mente, a gente se dedica integralmente a esse objetivo e tem prazer em realizar o que deve ser feito para atingi-lo.

Quando me falam que a escola de antigamente era melhor que a de hoje, que os professores de antes eram muito melhores, sou totalmente contrário. Sempre fui de opinião de que a escola de hoje e os professores atuais são bem melhores que os de antigamente. O que mudou foi a situação, foram as circunstâncias.

O leitor dirá que há um paradoxo entre essa afirmação e os resultados da pesquisa. Como é que a escola e os professores de hoje são melhores, se os alunos não gostam de frequentar essa escola com esses professores? Como é que na escola de antigamente, que, segundo minha opinião, era pior, os alunos manifestavam mais interesse?

Não vejo paradoxo algum. Confirmo que, antigamente, era um orgulho para toda a família quando uma pessoa conseguia frequentar a escola. Imaginem, agora, que sentimento dominava as pessoas, quando alguém da família conseguia matricular-se numa faculdade. Sem dúvida, muito grande. Era motivo de notícia em jornal: “Filho da terra matricula-se na Faculdade de Medicina.” E nem precisavam chegar ao ensino universitário. Os mais velhos hão de lembrar com que orgulho se falava da menina que conseguia formar-se na Escola Normal. Hoje, ao contrário, poucas pessoas desejam a carreira de professor do ciclo I do ensino fundamental (professor primário).
Minha preocupação aumenta, pois vejo que, com escolas melhores, o interesse dos alunos, como a pesquisa confirma, está cada vez menor. A preferência do aluno, ao chegar à universidade, é participar das baladas e das festinhas universitárias, que, evidentemente, não são regadas a suco de laranja. Nos ensinos fundamental e médio, esse desinteresse se confirma, ao vermos o elevado índice de evasão escolar, principalmente no período noturno e as salas de aula às moscas, nas sextas-feiras, em boa parte das escolas, principalmente no período noturno também. Há solução para esse problema? – perguntará o leitor. Evidentemente que há (só não há solução para a morte). Mas a solução não é tão fácil nem se concretizará em curto espaço de tempo. É preciso que haja um trabalho sistemático, envolvendo as escolas, as autoridades, as famílias e a sociedade de uma maneira geral. Deverá ser um trabalho educativo de fôlego, que não se esgotará em alguns meses ou alguns anos. É preciso que haja a conscientização de todos para a importância da educação, que deverá conviver em harmonia com uma nova sociedade, que oferece às pessoas alternativas de vida, mas que nenhuma delas dispensa a educação de boa qualidade.

Texto de Bahige Fadel, de Botucatu (SP), supervisor de ensino aposentado e atualmente professor do Total COC.

Dificuldade de Aprendizagem : UMA VISÃO PSICOPEDAGÓGICA

Meu propósito não é listar nem categorizar as dificuldades de aprendizagem, mas sim pensar sobre ela, sempre tomo muito cuidado em utilizar este termo pois isso pode gerar rótulos e marcas entre os educadores, família e colegas que com esse aprendente se relaciona.
Os termos transtornos e distúrbios quando são atribuidos ao sujeito que aprende, este tem que ter sido diagnosticado por profissionais que tenham a competência técnica para que seja detectado mais dificuldades. Quando se fala em déficit de atenção, associamos a outros termos como hiperatividade ou implusividade geralmente alguns profissionais atribuem aos aprendentes que não param quietos. Para que este diagnóstico seja dado é necessário que o profissional leve em consideração as mais variadas causas que necessitam ser investigadas com critérios que considerem o contexto o contexto familiar, escolar e social da criança.
" O termo - desvio - foi utilizado por Jorge Visca ao se referir á distância de um determinado ponto de referência relacionado a determinados parâmetros de aprendizagem> Para Visca, as dificuldades de aprendizagem são vistas como sintoma de obstáculos que podem ser de caráter cultural, emocional, cognitivo ou funcional"
A psicopedagogia é capaz de olhar diferente ao " não estar conseguindo aprender " ela olha o aprendente em seu contexto e nas suas interrelações. Buscamos entender as modalidades de aprendizagem e as estratégias que ele usa para aprender a sua relação com o seu "eu " e esse " eu" no mundo , a funcionalidade e eficácia desse processos.
É incentivado que o aprendente perceba o seu próprio processo de aprender e das suas estratégias de resolver e aprender e tomar consciência da potencialidade, tudo isso é através de intervenções que visam ajudar ao sujeito. Ao passo que começa a conhecer as suas possibilidades de aprendizagem terá melhores condições de administra-las em prol do seu rendimento escolar.
O conhecer as causas do " não estar conseguindo aprender" são as atitudes dos profissionais que agem e interagem com esse aprendente. Acredito que a modalidade sólida de aprendizagem é construída através da qualidade relacional que a criança estabelece com as pessoas que convive. Esta relação tem que ser estabelecida com afetividade, confiança e verdade só assim será estabelecida uma modalidade de aprendizagem eficáz e significativa isto porque a confiança gera segurança, afeto leva ao prazer em aprender e a verdade possibilita o desenvolvimento de habilidades para lidar com a frustração e conflitos, o qual é tão importante para o desenvolvimento maturacional.
A psicopedagogia além do sujeito que aprende ela também se preocupa com o sujeito que ensina, procurando incentivá-lo a refletir sobre a sua maneira de ensinar, as estratégias de aprendizagem de seus alunos e como está avaliando isso.


*Fonte de Pesquisa Sonia Küster

A ASSESSORIA PSICOPEDAGÓGICA - Desenvolve Orientação para os sujeitos que ensinam pois eles são os agentes direto de motivação para o aprender..